30/04/2008

Empresas de portugal, tretas e... cenas

E não é que depois de quase dois meses de tentativa de cancelamento de um serviço, a empresa, que tão mal falada tem sido, aparece, numa tentativa que louvo, a tentar convencer-me a não mudar de serviço. Dizem eles que estão a "contactar para informar de uma promoção". Dizem eles que estão a contactar-me porque para eles "todos os clientes são importantes", dizem eles que o serviço é mais evoluído (com uma tecnologia que só chegará às outras empresas daqui a 7 anos), mais barato (oferecendo até o fim de uma ou outra mensalidade entre múltiplas outras recompensas pela minha importânica na empresa, visto que, para eles "são os clientes que fazem a empresa). Dizem eles muita coisa. Falei com o operador, que era muito resiliente, durante 22 minutos e 15 segundos. Qual namorada atenciosa (ou chata!), tentou utilizar todos os argumentos para me convencer a não adoptar o serviço novo e manter-me com o velho. Voltando à analogia da namorada, tentou mostrar-me que as amigas dela ou as minhas múltiplas (?) conquistas pelas quais eu me interessara depois dela não passariam de umas cabras comparadas com ela e que ela agora até se disporia a fazer coisas que nunca antes fizera a um preço que nunca antes exigira. Poderia ter sido antipático e explanar no pobre operador todo o meu vernáculo recentemente adquirido em visitas ao glorioso norte de Portugal. Mas não. pousei o telemóvel, liguei o modo de altavoz para não ter de estar com o aparelho encostado ao ouvido e falei calmamente com ele. Eu queria dizer tudo aquilo que não pude dizer nos telefonemas efectuados aquando das queixas ou das dúvidas perante o serviço que eles prestavam, mas queria essencialmente fazê-los perder tempo comigo e angariar escudos na conta do meu Pako. Fi-lo e senti-me bem com isso. No fim ainda perguntaram se tinha a certeza que queria cancelar o serviço (após os vários telefonemas, cartas e faxes, não sei qual seria a dúvida). Disse que sim, pediram-me que esperasse, esperei, confirmaram e avisaram depois que seria o último contacto. Não sei se senti alguma nostalgia ou se foi um gás estomacal que deambulou nas minhas entranhas. Sei sim que hoje, no que concerne às comunicações, foi um dia de só boas notícias.

P.S. - Onde se lê escudos deve ler-se cêntimos

(João Freire)

3 comentários:

ipsis verbis disse...

e qto é que isso dá em euros?

tito_c disse...

Esses gajos só fazem merda. Baixaram-me a net de 2 megas para 256kbs, sem justificação e ainda me disseram que era impossível ter 2 mb aqui... Foda-se.
P.s: Usar vocábulos como "merda" e "foda-se" simplifica bastante o diálogo com as cassetes-humanas que atendem o telefone.

Johnny disse...

Só adianta passar a palavra...