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16/05/2012

Façam o que fizerem, façam-no bem.

Muita gente se aborrece com a vida, com o trabalho e as rotinas diárias, ignorando que a maior parte da nossa vida é preenchida com essa mesma vida corriqueira e, sobretudo, com as pessoas que a preenchem. Se queremos ser felizes temos de tornar esse grande bocado da nossa vida no melhor possível, dispensando talvez as fantasias que nos acenam de longe. O que estes jovens fizeram, para além do momento youtube, foi tornar o dia daquelas pessoas que estavam a ouvir um dia um bocadinho (muito) melhor. Palmas para eles.

03/12/2011

A liberdade de sonhar

"I have no idea to this day what those two Italian ladies were singing about. Truth is, I don't wanna know. Some things are best left unsaid. I'd like to think they were singing about something so beautiful it can't be expressed in words, and it makes your heart ache because of it. I tell you those voices soared, higher and farther than anybody in a grey place dares to dream. It was like some beautiful bird flapped into our drab little cage and made these walls dissolve away, and for the briefest of moments, every last man in Shawshank felt free."


Os condenados de Shawshank - Sull'Aria (As bodas de Fígaro) de Mozart

14/11/2011

Voar

Num tempo em que duvidamos de tudo, importa não esquecermos do que somos capazes de fazer.



Há mais vídeos, nomeadamente este, em que ele passa junto a uma montanha através de uma catarata, e este, a sua última proeza, em que atravessa uma gruta numa montanha na China. Espectacular.

23/07/2011

Steet Art no Fundão





Porque nem todos são vândalos.

14/04/2011

05/03/2011

30/03/2010

A Mulher do Quadro


Partindo do quadro 'Automat', de E. Hopper, onde uma mulher bebe café com uma luva calçada, uma personagem ganha vida e corpo na sobreposição de várias mulheres transversais à 2ª Guerra Mundial, umas reais outras ficcionadas, de Hannah Arendt a Etty Hillesum, passando pela controversa Leni Riefenstahl.
A acção decorre nos tempos sombrios da Guerra, começa muito antes segundo a protagonista, e fala sobre a história de amor entre um homem e uma mulher.


A Mulher sempre presente em palco estabelece neste monólogo, escrito por Paulo Alexandre Lage e adaptado por Sofia Berberan, uma conversa com o seu amante onde faz as perguntas e responde por ele. Ela é judia e ele um nazi. Nada é claro, quem é a vítima e quem é o carrasco, ambos, em última análise, o foram em algum momento.
O Homem não diz uma palavra, a Mulher pergunta e responde. É deixado espaço para os vários cenários possíveis, terá, na realidade, aquela conversa alguma vez tido lugar? Estará a mulher a ensaiar o que dirá ao seu amante? Ou, procurando a sua última hipótese de redenção, terá ela imaginado aquela conversa?


Ficha Técnica:
Encenação Texto: Paulo Alexandre Lage
Adaptação: Sofia Berberan
Interpretação: Zia Soares


Em exibição no Auditório Carlos Paredes a partir de 1 de Abril ou em qualquer outro lugar numa data a combinar, pois caso haja interessados, o encenador, que por acaso conheço, demonstrou todo o interesse na descentralização da sua peça. Sendo assim, caso estejam interessados ou conheçam o Presidente da Câmara Municipal da vossa cidade, da vossa agremiação de bairro ou de qualquer outra associação, manifestem o vosso interesse, porque o encenador e todos os que trabalham com ele precisam do dinheirinho para desenvilverem mais projectos de elevado interesse cultural. Garanto-vos.

16/02/2010

UNKLE

Um daqueles projectos fenomenais, com participações de artistas consagrados, que valem pela genialidade das ideias, da música e dos vídeos. Estes dois vídeos (o primeiro mais recente, de 2007, o outro mais antigo, de 1998) são brilhantes exemplos disso.




UNKLE/Ian Astbury - Burn My Shadow




UNKLE/Thom yorke - Rabbit In Your Headlights

07/01/2010

Monica Belluci

"Batem muitos corações no coração de uma mulher."



Para o tema "Beleza" num desafio da "Fábrica de Letras", juntamente com o texto O homem que chorava ao barbear-se e a cena final do filme Beleza Americana.

21/12/2009

Porque é que alguém escreve?

- Às vezes farto-me das palavras, de tudo isto que é esta escrita inócua... Porque é que alguém escreve?
- Porque gostam.
- Não, não é isso…
- Vem-me à memória aquele adágio que diz que “quem não sabe fazer, ensina”!
- E é isso que eu sinto. Tenho noção que sou melhor no meio das palavras do que no meio das pessoas…
- E talvez sejas fraco por isso. Somos idiotas por não ter coragem de fazer aquilo que queremos e pensamos… todos somos idiotas por causa disso.
- Ninguém faz tudo o que quer, ninguém é assim tão livre. Se fôssemos livres agarrávamos o que queríamos com as duas mãos sem nunca largar independentemente das consequências e eu não vejo muita gente a fazer isso, aliás, acho que haveria muitos crimes se assim fosse.
- Talvez...
- E não me venham dizer que não tenho coragem quando estão sentados numa secretária a receber ordens durante oito horas miseráveis.
- Tu é que disseste que a escrita é inócua.
- Eu ainda tenho noção que sou fraco e aí me redimo. Ficam as palavras, a memória da pessoa que sou no que não fiz.
- Não queria chatear-te.
- Não me chateias. Distrais-me! Mas não me chateias.
- Pareces chateado.
- A verdade é que nada disto vai de encontro àquilo que eu dizia. Isto será a finalidade da escrita.
- Então qual é a confusão?
- Eu gosto de escrever para exteriorizar sentimentos e essa treta psicológica e também gosto de escrever pelo que transmito naquilo que escrevo, mas acho que muito do gosto que tenho advém do jogo que é a escrita, pois há muitos jogos naquilo que tentamos transmitir a quem o tentamos transmitir e a forma como o transmitimos...
- Sim, a escrita é uma brincadeira da imaginação em que os blocos de construção são as palavras...
- E os sons!
- Sim.
- Gosto, por exemplo, da palavra cinismo e não sei porque é que gosto dela, nem do que gosto nela ao certo, mas gosto e uso-a muito. E é este aspecto mais mecânico e orgânico da escrita que me interessa!
- Ah.
- Por isso não me venhas dizer que é uma forma elaborada de comunicação e essas tretas, porque não é isso.
- Que estranho!
- Eu sei que a escrita, por si só, é muito importante e entendo-a, entendo até quem lê, porque se aprende muito, mas o processo de escrita, o processo de autor… isso é que eu não entendo. Aliás, estes factos apenas adensam o enigma: O que é a escrita no grande esquema das coisas que é o universo? Aquele conjunto de letras, de palavras, espaços e pontuação que criam narradores, personagens e universos imaginários? Que sentido tem tudo isto?
- Já estás a chegar ao ponto de pensares demasiado...
- E escrevemos para nós ou para os outros?
- Talvez escrevamos para nós e para os outros.
- A ideia imbecil de que podemos estar a ajudar alguém, nem que seja pela parte do simples e efémero prazer da leitura, e o gosto de sermos lidos e apreciados não podem ser a explicação.
- Procuras explicações, mas recusas as tuas próprias hipóteses...
- E o que os outros pensam terá importância?
- Já nem me ouves...
- Será que gostam, será que não gostam… e que ideia tem de nós aquele que nos lê?
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! Cala-te!
- O que foi?
- E o que é que isso tudo interessa?
- Agora sim, tens razão. Já me calei!

(João Freire)



Nine Inch Nails - The Mark Has Been Made



Para o "tema livre" num desafio da "Fábrica de Letras".

20/11/2009

E agora, para algo completamente diferente

Peguem num vídeo algo banal, juntem-lhe câmaras de alta-velocidade, filtros de câmara catitas e profissionais competentes e obtêm uma obra cinematográfica digna de estudo.



Retirado de um dos melhores programas de televisão do mundo

29/10/2009

Compromissos publicitários

Kids on steps


Carousel

Visto aqui

The great pretender

28/09/2009

prologue
Confesso que pelo nome, pensei tratar-se de mais um filme de terror sobre o Apocalipse e é claro que só depois de saber quem o tinha realizado, pude ficar na dúvida.
Mesmo assim, tive que ver o trailer, antes de ver o filme.

chapter one: grief
O Anticristo de Lars Von Trier ("Ondas de Paixão"; "Dancer in the Dark"; "Dogville"...) é mais um filme de autor, e não digo isto com desprezo!

chapter two: pain (chaos reigns)
Quem conhece este realizador dinamarquês, sabe que ele é capaz de provocar em nós um mal-estar profundo, (que pode levar muita gente ao desligar do "play" ou à saída permanente, da sala de cinema) e que começa pela tremenda tristeza/dor que tão bem consegue mostrar na tela e transportar para fora da mesma, ao mesmo tempo que nos brinda e alicia com fantásticos planos de câmara e música a condizer, conseguindo fazer com tudo isto, arte. (aqui permiti-me este laivo de excessividade porque por vezes ao gostar de uma coisa, consigo ser demasiado parcial :)

chapter three: despair (gynocide)
O filme relata a história de um casal. Ela uma historiadora obcecada pelo seu ensaio e ele um psiquiatra que toma a sua mulher como objecto de estudo. Ambos sofrem pela perda do único filho, e tentam de tudo para exteriorizar e expurgar a dor com sessões de "terapia caseira".

chapter four: the three beggars
Com uma fotografia estrondosa, um desempenho fantástico de Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe e uma teia metafórica que nos vai puxando mais a cada piscar de olhos, o Anticristo é talvez, como muitos dizem, um filme-consequência da depressão por que passou o realizador, que pensava já não conseguir fazer filmes. Uma, quiçá, expurgação do demónio...

epilogue
"A grieving couple retreat to ’Eden’, their isolated cabin in the woods, where they hope to repair their broken hearts and troubled marriage. But nature takes its course and things go from bad to worse…"






Ps: O filme tem cenas tremendamente chocantes e pormenores de sexo explícito. Beware! :|


entrevista polémica a Lars von Trier em Cannes

18/09/2009

Simpson Sky

Às vezes (por muito abichanado que isso possa parecer) olho para o céu e penso que as nuvens se assemelham àquelas que aparecem no genérico dos Simpsons. Nessas alturas fico contente e assumo que as minhas ideias são o máximo da originalidade, enquanto pronuncio as palavras Simpson Sky, porque acho que soa bem. Não é o céu dos Simpson, mas o céu Simpson, como se também ele fosse uma personagem indissociável da família na série animada. Claro que as minhas ideias não são originais! E basta procurar no google para ver que não são. Ainda assim.


nota: Já vi melhores e mais parecidas, mas na altura em que as vi não tive presença de espírito ou equipamento necessário para segurar a imagem. Fica para a próxima

27/08/2009

A dança da vida



Dançam de forma perfeita. Enleados, quase indistintos, entendem-se, conversam e são cordiais.
É essa a dança!
(Ninguém valoriza um obrigado, um se faz favor ou até um com licença numa relação a dois)
Tenho de ser melhor, deixar de invejá-los naquela dança, não pelas pessoas – eu não invejo pessoas –, mas sim pelo que elas têm: a dança. Eu invejo a dança deles e sinto que tenho de melhorar.
(Talvez um tango ou uma valsa)
Ouço uma música, mas não é convidativa… ainda não.
Tenho de melhorar! Quero aprender...
(a dançar!)
E aqueço-me nesta esperança, o combustível perfeito, na consciência dos meus defeitos, como se de um caminho se tratasse.
Percorro-o e espero chegar.


(João Freire)

21/08/2009

Compromissos comerciais para quem...

Para quem gosta de música


Para quem gosta de dança e cantar à chuva



Para quem gosta de poesia


Para quem gosta de cinema


Para quem gosta de sonhar

23/06/2009

Compromissos comerciais - Algo bonito




Visto aqui
A música é esta

28/04/2009

"Eles andem aí!"

Levibora - baixo
Mané Piton - outras vozes, sons, orgão, palminhas, e outras coisas
Toninho Cascavel - guitarra
João Jibóia - voz, sons e coisas electrónicas
Lauro Cobra d'Água - voz, dança e saltos mortais

juntos, formam o Agrupamento Musical Lauro Palma e aqui deixo algumas das suas pérolas.

uma mosca sem valor (poema de António Aleixo)



famel



ao vivo e a cores, este sábado no bairro alto, no Festival Shuffle no Espaço Interpress. (Rua Luz Soriano, 67 - Metro: Baixa-Chiado)

24/04/2009

Figuras de estilo 4/4

4/4

As armas e os barões assinalados/ Que, da Ocidental praia Lusitana” (Camões) - sinédoque


"Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos..." (Eugénio de Castro) - aliteração


"Não é que o meu o teu sangue / Sangue de maior primor." (Alexandre Herculano) - hipérbato


"Enquanto dormias a tua solidão" (Jorge de Sena) - enálage


"costas da cadeira" - catacrese


"Fugi das fontes: lembre-vos Narciso." (Camões) - alusão


"com a sua catadura feroz pouco própria para animar os gorgeios dos bernardins, que são sempre lamurientos..." (A. Bessa Luís) - antonomásia



todas as fotos foram tiradas daqui.