"I have no idea to this day what those two Italian ladies were singing about. Truth is, I don't wanna know. Some things are best left unsaid. I'd like to think they were singing about something so beautiful it can't be expressed in words, and it makes your heart ache because of it. I tell you those voices soared, higher and farther than anybody in a grey place dares to dream. It was like some beautiful bird flapped into our drab little cage and made these walls dissolve away, and for the briefest of moments, every last man in Shawshank felt free."
À medida que crescemos vamos deixando de acreditar na magia. É um processo que começa na meninice quando recusamos a existência do papão, do homem do saco, da fada-dos-dentes e do Pai Natal até chegar depois aos super-heróis que vemos nas revistas da Marvel ou nos desenhos animados da televisão, como o Hulk, o Homem-Aranha, os Transformers ou Jesus Cristo.
A descrença e a desconfiança, catalisadas pelo cinismo e pela ciência vão depois tomando conta de nós pela vida, encrustando-se como características inalienáveis das sociedades seculares em que vivemos. Nenhum facto é aceitável sem uma explicação lógica e científica. Assim vivemos.
Mas essa recusa em aceitar o que não se vê, o que não se consegue medir, a recusa em aceitar a magia só nos torna mais pobres, podendo contaminar até o mais tangível que há na humanidade, as pessoas e a confiança entre essas mesmas pessoas.
prologue Confesso que pelo nome, pensei tratar-se de mais um filme de terror sobre o Apocalipse e é claro que só depois de saber quem o tinha realizado, pude ficar na dúvida. Mesmo assim, tive que ver o trailer, antes de ver o filme.
chapter one: grief O Anticristo de Lars Von Trier ("Ondas de Paixão"; "Dancer in the Dark"; "Dogville"...) é mais um filme de autor, e não digo isto com desprezo!
chapter two: pain (chaos reigns) Quem conhece este realizador dinamarquês, sabe que ele é capaz de provocar em nós um mal-estar profundo, (que pode levar muita gente ao desligar do "play" ou à saída permanente, da sala de cinema) e que começa pela tremenda tristeza/dor que tão bem consegue mostrar na tela e transportar para fora da mesma, ao mesmo tempo que nos brinda e alicia com fantásticos planos de câmara e música a condizer, conseguindo fazer com tudo isto, arte. (aqui permiti-me este laivo de excessividade porque por vezes ao gostar de uma coisa, consigo ser demasiado parcial :)
chapter three: despair (gynocide) O filme relata a história de um casal. Ela uma historiadora obcecada pelo seu ensaio e ele um psiquiatra que toma a sua mulher como objecto de estudo. Ambos sofrem pela perda do único filho, e tentam de tudo para exteriorizar e expurgar a dor com sessões de "terapia caseira".
chapter four: the three beggars Com uma fotografia estrondosa, um desempenho fantástico de Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe e uma teia metafórica que nos vai puxando mais a cada piscar de olhos, o Anticristo é talvez, como muitos dizem, um filme-consequência da depressão por que passou o realizador, que pensava já não conseguir fazer filmes. Uma, quiçá, expurgação do demónio...
epilogue "A grieving couple retreat to ’Eden’, their isolated cabin in the woods, where they hope to repair their broken hearts and troubled marriage. But nature takes its course and things go from bad to worse…"
Ps: O filme tem cenas tremendamente chocantes e pormenores de sexo explícito. Beware! :|
Ontem à noite, (mais precisamente às 4 e tal da manhã de hoje) enquanto esperava pelo sono no sofá (às vezes acontece atrasar-se e dou por mim à espera dele ali) e após um curto zapping pela tv, dei por mim a veristo na tvi, (ya, o zapping foi demasiado curto). É claro que foram precisos 2 minutos (eu estava já a ficar tocada pelo sono) para perceber que aquilo não era mais que um pseudo-documentário demasiado parcial, querendo à força mostrar o lado "oculto/spooky/bu!" do Night Shyamalan e estéril, pois não está bem feito, não é credível, e percebe-se em tudo, mas principalmente no overacting de todos os personagens. Até o Jonnhy Depp se denuncia todo ao dilatar as narinas. Não houve margem para ilusões... Ou seja, aquela porcaria que vi ontem, nada tem a ver com o que se seria de esperar, depois de anos antes F for Fake de Orson Welles ter conseguido ser um excelente falso documentário sobre um falso falsificador de arte.*
Só hoje, depois de procurar, percebo que este filme, foi apenas uma (e passo a citar): "silly, mostly fictional and overblown production meant to pique interest in The Village, which would be released in theaters shortly after."
Aqui fica a "entrevista" a Johnny Depp (no documentário, este teria sido o actor primeiramente escolhido para protagonizar o filme "Sinais", mas...)
*Quando Orson Welles nos diz no princípio do seu filme que aquilo é sobre falsidade, fraude e intrujice, segundos depois promete-nos que tudo o vamos ver na próxima hora é verdade, para logo a seguir aparecer uma imagem corrida de spam com a palavra "fake". No final somos iludidos, como é óbvio. Ou não?
Senhoras e senhores, deixo-vos o charlatão-mor no seu F for Fake de 1974, em duas partes. [a primeira e a última. Por isso, para quem ainda não viu e quer ver, (mesmo que eu pense que não é por aí que devem deixar de querer ver este filme) é claro que há spoilers]
"Then all of a sudden, Quentin Tarantino comes along and puts a song from 40 years ago in one of his films and they've suddenly discovered you. That was a real gift that Quentin gave me."
"Wanting people to listen, you can't just tap them on the shoulder anymore. You have to hit them with a sledgehammer. And then you'll notice you've got their strict attention."
Durden:"The first rule of Fight Club is, you do not talk about Fight Club. The second rule of Fight Club is, you DO NOT talk about Fight Club. If someone says stop, goes limp, taps out, the fight is over. Two guys to a fight. One fight at a time. No shirts, no shoes. Fights will go on as long as they have to. If this is your first night at Fight Club, you have to fight."
Durden: "I look around. I look around. I see a lot of new faces."
Club: [risos]
Durden: "Shut up! Which means a lot of you have been breakin' the first two rules of Fight Club. Man, I see in Fight Club the strongest and smartest men who have ever lived. I see all this potential, and I see it squandered. Goddammit, an entire generation pumping gas, waiting tables, slaves with white collars. Advertising has us chasing cars and clothes, working jobs we hate so we can buy shit we don't need. We're the middle children of history, man; no purpose or place. We have no Great War, no Great Depression. Our Great War is a spiritual war. Our Great Depression is our lives. We've all been raised by television to believe that one day we'd all be millionaires and movie gods and rock stars. But we won't; and we're slowly learning that fact. And we're very, very pissed off."
Indecisa?
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fazê-lo da...
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