Este selo é embaraçoso, Mary, mas aceito-o como prova de algum apreço que sentes por mim e que muito me alegra, mas avisando-te que só aceito uma coisa tão embaraçosa porque foste tu, o que responde ao teu apreço demonstrando o meu apreço por ti. Que feitio! Até no apreço tenho de responder!
Dizer uma coisa que gosto em mim? É difícil dizer só uma, porque há tanta coisa em que sou excepcional, algumas dessas coisas, como a beleza, pelas quais nem tenho grande responsabilidade, mas tendo em conta as limitações a que me sujeitaram e só podendo escolher uma... terei de escolher a humildade.
Dizer uma coisa que gosto do blogue que me ofereceu o selo? Este selo, que não é tão embaraçoso como o outro, mas que para lá caminha, foi-me oferecido pela Mary e pelo Pete, pelo que terei de dizer algo para cada um.
Sendo assim, gosto do blogue da Mary, porque ela parece ser boa pessoa, escreve bem e gosta de discutir comigo. Sobre o blogue do Pete, que não conheço, dá para ver que tem o mesmo interesse por videojogos que a minha irmã (ver barra lateral no blogue dela) e que é seguramente boa pessoa, porque justificou a escolha do meu blogue para o selo com a seguinte frase: "Porque é um blog com assuntos reais que nos despertam interesse."
Depois de ter falado na questão da margem sul e dos camelos, de ter falado na política de bigode que se vai fazendo por cá, nesse mundo das ideias de Sócrates e dos outros, que é afinal um mundo de nabos no qual as pessoas procuram apoio em vão, depois de ter falado em Adam smith, de ter previsto o pior, explicado o mal maior, depois de ter falado aqui de tudo isto, fiz há pouco tempo um balanço em que não agoirava nada de bom para o futuro de Portugal. Tornara-me um pessimista democrático, um apolítico que não votava nem fazia intenções de votar no futuro.
Mas hoje recebi uma boa notícia. Não acredito em salvadores, ou melhor, gosto de acreditar em salvadores, mas isso não impede que olhe para esses pretensos salvadores de forma crítica até mostrarem serviço, e ultimamente até me tenho convencido de que, por melhores que as pessoas pareçam, se torna difícil acreditar nas suas boas intenções, pois como se sabe, são elas que pavimentam o caminho até ao inferno. Contudo, pelo que é conhecido, por exemplo aqui e aqui, de Fernando Nobre, só fica bem a qualquer pessoa que acredite numa mudança, apoiá-lo. Eu seguramente que o vou fazer.
Um daqueles projectos fenomenais, com participações de artistas consagrados, que valem pela genialidade das ideias, da música e dos vídeos. Estes dois vídeos (o primeiro mais recente, de 2007, o outro mais antigo, de 1998) são brilhantes exemplos disso.
Mário Soares foi o primeiro. Apoiou-se na fama conquistada após a revolução de Abril, aliou-se depois ao CDS e não durou mais do que três anos, devido a desentendimentos entre os dois partidos que constituíam o governo. Ramalho Eanes nomeia então Nobre da Costa, num período conturbado de constantes Moções de Confiança rejeitadas pela Assembleia da República, que viria a vitimar ainda Mota Pinto, sucedido por Maria de Lourdes Pintasilgo, vítima da dissolução da Assembleia da República. Seguiu-se-lhe Sá-Carneiro, outro coligante, que viria a falecer no contexto que se conhece, sendo substituído interinamente por Freitas do Amaral, e depois por Pinto Balsemão, aquele que seria o primeiro a apresentar a sua demissão ao Presidente-da-República. Segue-se Mário Soares, o omnipresente, num governo a dois com o PSD, que viria a decidir o seu fim antes da chegada do grande e do único a completar, não um mas, os dois mandatos: Cavaco Silva. No entanto, também ele saiu do poder debaixo de críticas relativamente ao controlo da comunicação social, nomeadamente da televisão pública. Louvemos apenas a capacidade de acabar o segundo mandato, pois nunca, até hoje, isso foi conseguido. Guterres, afundado no pântano que ajudou a criar, demitiu-se, abandonando o país mais tarde para um alto cargo nas Nações Unidas. Durão Barroso durou dois anos no país da tanga, fugindo assim que pôde para a Presidência da Comissão Europeia. Santana Lopes nem aqueceu o lugar, apesar de ter deixado no curto espaço de tempo em que esteve à frente do Governo o mesmo rasto de dúvidas e suspeições relativamente à promiscuidade entre a política e os grandes grupos económicos que os outros governantes. Depois veio Sócrates e tudo permaneceu igual, com um primeiro mandato tranquilo, em que as suspeições e o número de casos foram escalando, até ao segundo mandato que agora agoniza e que, de certeza, não vai tardar em capitular.
A história da democracia em Portugal é curta. Seria bom que esse facto explicasse tudo o que de mal se passa no nosso país, nomeadamente na sua componente pública. A verdade é que não se vislumbram melhoras. A promiscuidade entre o poder político e o económico é tal que se alimentam um ao outro – os políticos de amanhã são os altos funcionários das grandes empresas de ontem e os altos funcionários das grandes empresas de amanhã são os políticos de ontem.
Sendo assim, uma democracia que tende a ser uma democracia para toda a gente, apenas o é na base de uma democracia ocidental baseada em demasia na assistência-social, com tudo o que de bom e mau isso acarreta, uma democracia que corre sempre o risco de fomentar a alienação e a não acção, nivelando por baixo, afundando assim um país numa espiral descendente que apenas deixa escapar os bem preparados e os "bem preparados".
Vivemos num país governado pelas informalidades. É a cunha, a mão negra… navegamos na zona da incerteza, numa zona em que o interesse pessoal impera. Assim se explicam os atentados às liberdades pessoais, assim se explicam os abusos de poder e o tráfico de influências, assim se explicam - ao menos isso - todas as suspeições. Não é só quem tem olho que é rei, porque todos vemos o que acontece e todos sabemos o que acontece, mas é sim quem tem olho e poder económico para agir ou para apoiar a acção.
Virá o tempo em que o mercado, depois de regular-se em benefício próprio, devorando tudo à volta, começará a devorar-se a ele próprio, deixando o nada, porque se é verdade que existe uma mão invisível para impedir que a crueldade impere (Adam Smith), também é verdade que essa mão invisível necessita de uma ética de mercado e de um conjunto de valores na sociedade (Adam Smith) que vão escasseando.
Num mundo de globalização total, em que a vida de um país é definida por leis extrínsecas e os números imperam sobre as pessoas, é difícil haver ética, é difícil haver um conjunto de valores que identifique a base do mercado, os clientes, e os seus reguladores. Sem valores, impera a crueldade. Isto é verdade para qualquer país, mas é mais verdade num país com uma curta história democrática.
"I came up with a new game-show idea recently. It's called the old game. You got three old guys with loaded guns onstage. They look back at their lives, see who they were, what they accomplished, how close they came to realizing their dreams. The winner is the one who doesn't blow his brains out. He gets a refrigerator."
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