A morte é o fim. Para a frente só a morte. Tudo o mais pode vir – e vem –, mas só a inalienável força da destruição é certa. Escutam-se os sinos de um funeral, aquele dão da lão soturno que agitam à frente do cortejo. Por muito felizes que sejamos, a morte é solidão e dor, são contas de cabeça que fazemos com nós mesmos.
No corredor, uma mala de inevitabilidade, no quarto, um corpo quente e depois frio, prova de amor e de fragilidade… sempre no fio da navalha, sempre tão perto do fim. Ninguém viaja: a morte é a estação que começa e acaba, a morte é o fim.
Sabe bem pensar na morte… Hoje soube bem pensar na morte! A morte humaniza-nos.
(João Freire)
Museu Aristides de Sousa Mendes - Cabanas de Viriato (Carregal do Sal)
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Aristides de Sousa Mendes foi o maior humanista português, salvando da
morte milhares de pessoas perseguidas pelo nazismo quando era cônsul em
Bordéus. A s...

2 comentários:
"A morte humaniza-nos."
Concordo... na morte somos frageis e fortes, somos coragem e desalento, somos um todo que acaba num nada!
Gostei*
Obrigado.
... O importante é concordar (inserir aqui um boneco a sorrir ou com a língua de fora)
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