31/01/2008

Michael Pitt - Death to Birth

Canção de Michael Pitt, no filme de Gus Van Sant, "The Last Days" em que Pitt faz o papel de Blake, homenagem a Kurt Cobain, num retrato dos últimos dias de uma estrela de rock.

30/01/2008

Dolly Shots

Sometimes called TRUCKING or TRACKING shots. The camera is placed on a moving vehicle (Dolly) and moves alongside the action, generally following a moving figure or object. Complicated dolly shots will involve a track being laid on set for the camera to follow, hence the name. The camera might be mounted on a car, a plane, or even a shopping trolley (good method for independent film-makers looking to save a few dollars). A dolly shot may be a good way of portraying movement, the journey of a character for instance, or for moving from a long shot to a close-up, gradually focusing the audience on a particular object or character.

in http://www.mediaknowall.com/camangles.html

Basicamente é isto. Procurei isto porque vi uma cena no filme "The Last Days", de Gus Van Sant, que era assim. Nos extras do Dvd mostram como fizeram, o tempo que demorou e o trabalho que exigiu. Há outra muito famosa, que é a do filme "Panic Room", de David Fincher, em que a câmara atravessa várias divisões, um corrimão e até a pega de uma chaleira e que também pode ser chamada assim, mas que foi feita á base de efeitos especiais, e eu queria postar as duas no valnada.blogspot.com, mas como até agora (à hora da escrita deste post) ainda não arranjei nem uma nem outra, fica apenas a referência. Por acaso, nenhum destes dois filmes é um grande filme - daí apreciar a parte mais técnica do filme - mas são filmes para ver, feitos por grandes realizadores.

Explicação de como fizeram a cena do Panic Room

Parte 1



Parte 2

29/01/2008

O Carnaval este ano é nas Caldas!



Bora lá!

A Anna da loja IKEA

A Ikea criou uma assistente virtual feminina para ajudar os seus clientes na navegação da página. Ao entrares em IKEA podes ver que no canto superior direito tens uma opção "Perguntar à Ana". Se lá clickares vais abrir uma janela e aparece a Ana. Podes perguntar o que quiseres, pergunta por sofás, flores e ela responde...

Agora vem a parte divertida:
Experimenta estas perguntas e vê o que ela responde:
1 - Gosto de ti!
2 - Mostra-me os peitos!
3 - Que olhos tão giros!
4 - Feia!
5 - Amo-te!
6 - Queres fazer sexo?
7 - Vamos pinar? (a melhor!)
8 - Gostas de mim?
9 - Tens namorado?
10 - Onde vives?
11 - Posso convidar-te para jantar?
12- Cheiras mal dos pés.
13- Metes-me nojo.

(A gerência agradece à Dona Marta por ter partilhado esta pérola)

27/01/2008

Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra - Unza Unza Time



Sexta Feira, no Coliseu do Porto, foi assim. E ninguém que sai de um concerto de uma banda como esta sai com maus pensamentos. Haja festa! Unza Unza Time

"WAKE UP"

Sábado, em Guimarães, numa noite de futebol

Os grupos de adeptos caminham pelas ruas separados, preparando-se. Está frio e há um burburinho adivinhador que cresce em cada esquina e rua da cidade. Mais à frente, mais próximos, há mais gente e menos espaço. As pessoas juntam-se, empurram... preparam-se. O medo da multidão dá lugar à sua força, à união. Já não há indíviduos nem pessoas, apenas uma massa indistinta de gente que se movimenta como uma onda.
Os de trás apertam os da frente, alguns gritam, outros devolvem o empurrão e a ânsia cresce. Na cabeça de todos um destino, o campo dos sonhos onde tudo se passa.
Da confusão nasce a ordem. Filas e mais filas ordenadas perfeitamente, de novo com indivíduos à espera da sua vez. E é lá dentro, quando caminhamos finalmente pelas entranhas do monstro, que o barulho, um trovejar dos céus que ecoa pelos corredores e escadas, se torna insuportável, provocando o fluxo de adrenalina. Tudo é antecipação e preparação.
Lá dentro, finalmente, o espaço amplo, o barulho, o verde, as bancadas inclinadas a afastarem-se, a esconderem o que ali se passa do exterior, e uma sensação de liberdade.
Ao sentarmo-nos na bancada tornamo-nos outra vez num corpo único.
Amor, ódio, identidade, partilha, egoísmo, guerra, todos os sentimentos se juntam em cada um dos que estão no estádio.
Começam as rezas, os cânticos, o prelúdio da batalha. Nós contra eles.
Tudo é antecipação, preparação, tudo é amor, ódio... a vida num momento. Mas nada disto é bonito.
O que se passa no campo é sagrado. Lá, tudo é permitido e é lá que tudo rebenta. É futebol.

(João Freire)

Uma reportagem "cómica" sobre uma chamada para o INEM ou quando a Democracia não funciona



A inexistência de meios e a falta de preparação dos bombeiros voluntários de Favaios e de Alijó provocaram um atraso no salvamento de António Moreira, falecido na madrugada dos acontecimentos, na sequência de uma queda nas escadas de sua casa, em Castedo, Alijó.


No momento dos telefonemas do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para as duas corporações, de forma a encaminhá-las para o local do acidente, só se encontrava disponível um operacional em cada quartel de bombeiros. Através da conversa mantida entre o CODU e as duas corporações, é possível constatar-se a falta de preparação dos dois bombeiros contactados.

Na primeira tentativa de obter salvamento para António Moreira, a operadora do CODU chega a afirmar, incrédula "Valha-me Deus, estou lixada", referindo-se ao bombeiro que a atendeu em Favaios. Questionado sobre o episódio, o segundo comandante Luís Narciso considera ter existido "um mal-entendido", explicando que se ausentou temporariamente do quartel: "Fui a casa, que fica perto, ver o meu filho, que estava doente, e disse ao colega para me ligar se houvesse alguma comunicação. Ele recebeu a chamada, ficou muito atrapalhado e não me ligou." Ainda assim, alega que "não houve negação, nem falta de meios ou pessoal para socorrer."

Ao perceber que seria mais fácil recorrer aos Bombeiros de Alijó, a operadora fez a ligação, mas apercebeu-se de que também nesta corporação se encontrava uma só pessoa. "Tem de tocar a sirene?! Ó valha-me Deus", comenta, após perguntar ao bombeiro o que faria se deflagrasse um incêndio a meio da noite.

Segundo relatos de vizinhos e familiares da vítima, os bombeiros de Alijó terão chegado 30 minutos após o acidente. No entanto, por falta de conhecimento e de meios não puderam socorrer António Moreira. "Quando recebemos a chamada, pensávamos que era para ajudar Favaios com homens. Na altura não tínhamos. Além disso, a zona é deles", disse o comandante António Fontinha. "Depois do INEM nos explicar, fomos socorrer a vítima. Não podia ser o telefonista a fazê-lo. Não compreendo também porque o CODU esteve oito minutos em conversa com os Bombeiros de Favaios", acrescentou.

26/01/2008

The Little Buzzers - Random Jibberish! (Ep. 1/10)

Black Tie Dynasty - I Like You



I think i like this...

Galo de Barcelos



Um peregrino galego que saía de Barcelos a caminho de Santiago de Compostela foi acusado de ter roubado umas pratas a um proprietário e condenado a enforcamento. Num apelo final, pediu um encontro com o juiz, que se preparava para comer um galo assado. O galego jurou que, como prova da sua inocência, o galo se levantaria do prato e cantaria. O juíz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo.

Todavia, quando o preso estava a ser enforcado, o galo levantou-se e cantou. O juíz compreendeu o seu erro, correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. De acordo com a lenda, o galego voltou anos mais tarde para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo, agora no Museu Arqueológico de Barcelos.

25/01/2008

Mazzy Star - Fade Into You

24/01/2008

Animator vs Animation II

23/01/2008

Trevor talks to the Kids

A Wikipédia como prova de tudo

A Wikipédia começa a ser proibida como referência de estudos e trabalhos científicos. Muitas universidades e revistas afirmam a impossibilidade de creditar qualquer trabalho ou estudo que tenha como bibliografia a Wikipédia. Fazem bem. De facto, parece-me incrível que alguém queira credibilizar o seu trabalho (supostamente) científico com o recurso a uma enciclopédia da Internet.
Dirijam-se às fontes primárias, ó Burros!

Fonte: Wikipédia

Por acaso, acho que li isto no 'Correio da Manhã'.

P. S. - Não sei qual será pior, se a 'Wikipédia' ou o 'Correio da Manhã'. Mas pronto, isto também não é nenhum estudo científico.

Ainda sobre a política

"Os problemas do nosso pais resultam de um problema agricola... excesso de nabos e falta de tomates."

(anónimo, esse grande citador)

22/01/2008

Patrick Wolf - The Magic Position

(Esta foi o Zé Horácio 'I´m not a DJ' que me mostrou)

Embaraço

Na rua,
No meio da avenida principal
Na chuva,
Cheio de frio,
Sem roupa e sem dentes
- Sempre sem dentes -
Tão vulnerável, perante o olhar de todos os que conheces,
Reduzido ao limite, à pena
À vergonha de quem tu amas a ver-te assim
Motivo de troça
E apenas as mãos para tapar tudo:
O frio, a chuva, o corpo escanzelado que treme, o embaraço!
Porque não aquele sonho em que voas?
Sempre adorei sonhar que voava
O medo de saltar, o prazer de voar
Sentir
Mas não é esse o sonho que sonhas
Sonhas agora que és um nú desdentado e molhado
Olhas para baixo na esperança vã do não reconhecimento
As faces ruborescem
É o embaraço
E uma sensação de calor invade o teu corpo
Primeiro nas pernas, depois na alma
Só depois acordas,
Lamentas-te pelos sonhos que não gostas
Tens oito anos e mijaste a cama
Lamentas o embaraço.
Sonhas com uma vida melhor sem teres sequer vida
Falta-te um termo de comparação,
Que sabes tu da vida?
Daqui a oitenta anos, sem te aperceberes
O mesmo embaraço
E tu a lamentar-te
A recordares a tua vida de criança
Quando tinhas oito anos e tudo era perfeito
Mas é tudo um sonho
Nem oito nem oitenta
Algures pelo meio
E outros embaraços

(João Freire)

Reaproveitado para o desafio de Novembro da Fábrica de Letras, subordinado ao tema "Sonhos".

21/01/2008

Vocalista da banda Squeeze Theeze Pleese numa gala da TVI

E na canção ele diz: "I Knew that this would happen"

20/01/2008

Homer in reverse

Quem espera desespera.

"A watched kettle doesn't boil."

(Roman Allister)

20 de Janeiro

Em 1486 Cristóvão Colombo apresenta-se, em Córdoba (Espanha) aos Reis Católicos, oferecendo os seus serviços científicos e pesquisadores, como a nova rota às Índias.

Em 1977 nasce Maria José Freitas Correia.

Ee Cummings

it may not always be so


it may not always be so; and i say
that if your lips, which i have loved, should touch
another's, and your dear strong fingers clutch
his heart, as mine in time not far away;
if on another's face your sweet hair lay
in such a silence as i know, or such
great writhing words as, uttering overmuch,
stand helplessly before the spirit at bay;


if this should be, i say if this should be --
you of my heart, send me a little word;
that i may go unto him, and take his hands,
saying, Accept all happiness from me.
Then shall i turn my face, and hear one bird
sing terribly afar in the lost lands.

The Outrunners - Blazing Speed And Neon Lights With You



A banda é recente mas vão buscar aos anos 80 parte da electrónica. Gosto desta "pesca" nesta banda e noutras mais que agora estão também na moda.

18/01/2008

A noiseless patient spider

A noiseless patient spider,
I mark'd where on a little promontory it stood isolated,
Mark'd how to explore the vacant vast surrounding,
It launch'd forth filament, filament, filament, out of itself.
Ever unreeling them, ever tirelessly speeding them.

And you O my soul where you stand,
Surrounded, detached, in measureless oceans of space,
Ceaselessly musing, venturing, throwing, seeking the spheres
to connect them.
Till the bridge you will need be form'd, till the ductile anchor hold,
Till the gossamer thread you fling catch somewhere, O my soul.

(Walt Whitman)

17/01/2008

Homem

"A superior man is modest in his speech but exceeds in his actions."

(Confucius)

13/01/2008

Supernada - À tua procura

A próxima banda a dar que falar?

Super Size Me (versão whiskey)

11/01/2008

A Bela Adormecida

Como fui ver e gostei, deixo aqui o convite para passarem no Teatro Bocage, em Lisboa, e verem a peça A Bela Adormecida.

Encenação: PAULO LAGE
Assistente de Encenação: JOÃO DE BRITO
Actores: PAULO LAGE, PAULA MOREIRA, MÓNICA CUNHA
Produção: MAGIA E FANTASIA

Mais informações em Teatro Bocage

10/01/2008

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A democracia funcionou e ninguém reparou (Referendo sobre o Tratado de Lisboa, as pensões e o Aeroporto) - anatomia de uma anedota

Nos últimos três dias a minha consideração pelo Governo aumentou. Não que isso signifique alguma coisa de bom para quem o representa. Verdade seja dita que das profundezas em que se encontravam não sairão com a ajuda de uma tuneladora, nem que essa seja a “micas”, do Metro do Porto, ou aquela do filme com o Bruce willis que tinha uma bomba atómica. Esta minha reconsideração deve-se à tomada de três decisões por parte do Primeiro-Ministro (José Sócrates) e nada mais.
A primeira decisão refere-se à ratificação do Tratado de Lisboa, que visa substituir a Constituição Europeia, emendando o Tratado da União Europeia e o Tratado da Comunidade Europeia. Parte a discussão de uma promessa de José Sócrates, segundo a qual a Constituição Europeia seria aprovada por Referendo, mas que, de acordo com o Governo, se esfumou com a sua anulação. Ou seja, o tratado de Lisboa não faz parte da promessa de Sócrates, simplesmente porque não é a mesma coisa que a Constituição. Substitui-a, preenche alguns dos seus objectivos, mas não é a mesma coisa, dizem eles. Dirão mal? Talvez, mas se perguntarmos à maioria dos portugueses o que é o Tratado de Lisboa, o que é a Comunidade Europeia e a União Europeia, como perguntámos o que era a Constituição Europeia, em forma de Referendo, o que é que as pessoas vão responder? Correndo o risco de acontecer o que aconteceu em referendos anteriores (regionalização, aborto, etc.), nos quais a ignorância, ainda mais que o sim ou não, venceu, acho que é boa ideia passarmos o ónus desta discussão para o Parlamento. Sempre é mais alguma coisa que eles têm de fazer. Agora que escrevo isto, penso se não será por causa do trabalho extra que eles protestam. Mas é uma boa decisão. No fim de contas, apesar dos caminhos tortuosos e das explicações manhosas, acho que o que conta é o resultado e esse, neste caso, vai de encontro àquilo que eu acho correcto.
A segunda decisão foi a do aumento extraordinário das pensões. Em termos simples, que é aqueles que domino, o aumento das pensões seria, de acordo com uma interpretação economicista de Pedro Marques (Secretário de Estado da Segurança Social), pago em prestações mensais, algo que ficaria pelos 68 cêntimos nas pensões médias, mas após provável constatação da ridicularidade dos números que envolviam esta discussão, o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social (Vieira da Silva) recuou na decisão, garantindo o pagamento do montante em causa numa única tranche. Mais uma vez, por trás das ofensas dos adversários políticos que se prontificaram a pedir a cabeça do Secretário de Estado, por estar errado, do Ministro, por ter recuado – ainda que corrigindo a situação –, e do Primeiro-Ministro, por ser responsável político dos outros dois, ecoou o funcionamento das instituições, mas poucos prestaram atenção a esse ruído.
Por último, pelo menos até agora, quando escrevo, a decisão do Aeroporto. Novo recuo? Talvez, mas de novo de encontro aos pedidos da oposição e dos grupos de pressão que se fizeram ouvir fortemente. O Primeiro-Ministro pode ter sido arrogante, o Ministro das Obras Públicas (Mário Lino) pode ter sido até um pouco idiota nos comentários que fez, mas o que fica é a decisão. As pessoas protestaram, fizeram-se ouvir, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) foi isento, pelo menos no que diz respeito ao Governo, os estudos fizeram-se e, como de costume, apenas os ambientalistas ficaram insatisfeitos, mas essa é a sua função e temos de a saber apreciar e entender.
A Democracia funcionou e ninguém reparou! A democracia vive da crítica, vive de recuos e da "assunção dos erros", como frisou o Secretário-Geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa. Ninguém pode esperar que o governo tenha sempre razão em tudo. O papel da oposição é criticar, fazer ver ao Governo que as decisões são más quando são más ou apoiar quando as decisões são boas. Numa sociedade perfeita, seria assim. Um país sem a crítica da oposição, sem a contestação das pessoas e sem os recuos do Governo é um país governado por uma ditadura. Não me venham falar em recuos, nem em derrotas políticas quando o resultado é o correcto. Não gosto particularmente de José Sócrates. Parece-me arrogante, exageradamente político, no sentido em que debate as discussões – e é óptimo a fazê-lo – mas não debate a sua essência, aquilo que é discutido, e depois tem aquele ar de gozo que não fica bem a ninguém. Não gosto, também, da maior parte das pessoas que o rodeiam, por já as ter visto ao lado de Ferro Rodrigues, de Guterres, de Sampaio ou até de Mário Soares. Mas não gosto de todos os políticos em geral, logo, esse desgosto não é nada de mais. Mas há uma coisa neste governo, que de certa forma se encontrou em António Guterres – numa forma acrítica e irresponsável – que é positiva, a capacidade de recuar nas decisões. Podem não recuar sempre, podem até arranjar formas demasiado elaboradas para não o fazer – como na questão das urgências, colocando à disposição dos utentes uma ambulância com alguns serviços mínimos, mas encerrando a unidade hospitalar – ou pode apenas demorar, tornando-se necessário recorrer a engenheiros e matemáticos de todo o Mundo para provar que um mais um é dois e explicá-lo bem à frente dos seus olhos, mas é melhor um político que recua para a decisão certa do que aquele que continua teimosamente no seu caminho. Imaginem que estes dois arquétipos de políticos estão perante um precipício. Qual dos dois acham que se salvaria? A resposta é nenhum, mas um deles não morreria por cair no precipício.

(João Freire)

09/01/2008

TMN - Os 3 Reis Magos

(O anúncio do momento)

The Beatles - Girl




Thanks Roman for this one.

The Country - Billy collins

07/01/2008

A nossa democracia

"É claro que o Governo tem razão quando diz que não faz sentido colocar um amigo do PSD num cargo desta importância [Presidência da Caixa Geral de Depósitos]. O que faz sentido é colocar um amigo do PS, naturalmente. Foi para isso que o povo português mandatou o Governo, em 2005. Para retirar da generalidade dos cargos importantes as pessoas próximas do PSD e colocar nos mesmo cargos pessoas próximas do PS. E renovar a frota automóvel do Estado. Depois, nas próximas legislativas, troca. É essa a essência da nossa democracia."

(Ricardo Araújo Pereira in Revista Visão)

06/01/2008

05/01/2008

Rodrigo Leão - Rosa

Iron Maiden - Run to the Hills (Ao vivo)

Guilty pleasure

Dois gatos a falar - Tradução

Benazir Bhutto

A mulher morreu, é uma pena, como é quando qualquer pessoa morre, mas se agora toda a gente a louva, antes, quando foi acusada de corrupção e improbidade administrativa, todos a condenavam. É um facto que todas as pessoas têm o direito a ser bestas e bestiais. Nenhuma pessoa que tenha sido condenada é necessariamente má, da mesma forma que nenhuma pessoa que morre é automaticamente boa. É preciso cuidado com as pessoas que admiramos.


Ditados populares apropriados:

"Atrás de mim virá quem de mim bom fará"

"O tempo apaga tudo"

"As aparências iludem"

"Junta-te aos bons, serás como eles, junta-te aos maus, serás pior do que eles"

"Nem tanto ao mar nem tanto à terra"

"Nem oito nem oitenta"

"Um burro carregado de livros não é um doutor"

A 193 à hora e o cartaz da Cláudia Vieira

O meu carro consegue andar a 193 quilómetros por hora. Aliás, o meu carro só consegue andar a 193 quilómetros por hora. Não é nada de especial. Há muitos mais carros que conseguem andar muito mais rápido do que isto, mas não deixa de ser rápido e às duas da manhã, numa auto-estrada do oeste, em direcção a Lisboa, ouvindo Nine Inch Nails, chega a parecer mágico. É estúpido dizer isto e é errado fazê-lo, porque, pensando bem, estamos a colocar em perigo a nossa vida e a dos outros, mas é fixe e não há nada mal nenhum em pensar isso. Talvez num dia mais à frente, num dia em que eu me despiste mais ou menos a esta velocidade e morra, algum jornalista da TVI faça uma reportagem sobre mim e leia este texto, nem que seja só esta parte, sublinhando a ironia de o ter escrito, mas fique sabendo, ele e todos, que a velocidade não tem de ser um delito, mas sim a nossa incapacidade para lidar com ela. Ah! E a TVI é um nojo!
De Peniche a Lisboa, à noite, sozinho, com o volume da música a raiar o insuportável nada mais existe que o pensamento, a companhia que damos a nós mesmos e a única forma de termos uma conversa inteligente. Mas o que é que se pensa durante esta viagem?
Pensas, desde logo, que o gasóleo está caro, porque é impossível não pensar no preço dos combustíveis quando entras num carro e que os carros movidos a energias alternativas não conseguirão atingir as velocidades destes que agora existem e pensas que daqui a uns anos, por tudo isso, já não podes ir de forma tão frequente a Lisboa, aquela cidade que aprendeste a desfrutar, porque não a amaste quando a viste, mas no preciso momento em que disseste que a conhecias, como uma paixão mais madura, e a Braga, ao Baroque, ter com os idiotas dos teus amigos que não consegues deixar de amar.
Pensas nos amigos, velhos e novos e em como gostas deles todos.
Pensas no Bruno e na Mónica, que tardam em assentar.
Pensas no amor. Hoje és só amor e dizes a ti próprio: "és mesmo totó"
Pensas que devias ter oportunidade para fazer mais sexo. E porque não?
Pensas naquela, pensas naquela, claro! Nem que seja só aquele sentimento pequenino que há-de ficar para sempre e pensas também na possibilidade daquela, daquela, e ainda mais daquela. E ris. Rir faz-te lembrar daquela, que ri muito. Parece que está a gozar contigo, mas, se ela diz que não, tens de aceitar.
E depois ouves a música. Pensas que a letra de "God Hates a Coward" (Tomahawk) deve ser a letra mais espectacular que alguém alguma vez escreveu e cantas: "On the only piano, wrote the fuckin' concerto, shoot pool with your eyeballs, rack 'em up! Make a meal of your asshole, gnaw on your fat soul, dipping your heart in my vinegar." E depois ris novamente.
E estás bem. O ano está a começar bem e tu pensas que te sentes bem… nada de especial, mas (---------pausa---------) bem, um calmo, saudável e prolongadíssimo BEEEEEEEEEEEM!
Depois pensas no “passeio dos tristes”, a frase que a Patrícia (amiga da Lúcia) inventou para os fumadores que têm de ir, desde que começou o ano, fumar para a rua e pensas também que foram simpáticos em pagar-te o jantar.
(Obrigado Luís e Patrícia)
Depois já estás a entrar em Lisboa e tens de te concentrar para saíres no sítio certo, mas não consegues deixar de pensar na Cláudia Vieira que aparece no teu lado esquerdo à entrada da 2ª Circular num cartaz do tamanho de um prédio de três andares, vestida com uma lingerie vermelha e pensas que ainda há publicidade bem feita em Portugal, mas perigosa, depois obrigas-te a pensar em voltar a cabeça para a frente, gozas a música que tanto trabalho te dá a coleccionar e, finalmente, pensas como tu, mesmo que apareças morto num acidente brutal de viação – em que mais nenhum carro se envolveu sem ser tu -, mesmo que te assustes, mesmo que sofras e tenhas medo naqueles últimos instantes, morrerias a fazer uma das coisas que te deixa mais feliz, conduzir.

Banda sonora da viagem:

NIN - Hand That Feeds,
Ornatos Violeta - Chaga,
Nirvana (Sim, Nirvana.
Só gosto desta. Dêem-lhe uma hipótese) - You Know You’re Right,
Pearl Jam - Porch,
Tomahawk – God Hates a Coward,
Faith No More - The Gentle Art Of Making Enemies,
Soundgarden - Pretty noose,

Entre outras das mais pesadas, que eu gosto de escolher para conduzir sozinho. Reparei que nesta colectânea das músicas para conduzir, só o Mike Patton repete e há mais com o seu dedinho mágico. Realmente, o Mike é um gajo genial.

P.S. – Apesar de eu ter dito que o meu carro “só” dava 193 quilómetros por hora, tal facto não deve ser confundido com desprezo pelo valor, beleza ou comportamento do meu carro. Apesar dos problemas que ele me dá, eu gosto muito e sinceramente dele. O “só” que está presente na frase apenas remete para o carácter insaciável da espécie humana. Foi apenas um esclarecimento que o meu Renault Clio II de 2002 me pediu para fazer.

(João Freire)

04/01/2008

Masterchief comes to diner

01/01/2008

Ninguém quer morrer

"No one wants to die. Even people who want to go to heaven don't want to die to get there."

(Steve Jobs)

A escola, o trabalho, o amor, a perda, a morte - um discurso motivacional de Steve Jobs

Resoluções de fim de ano, um hábito americano.

Há em mim um medo…
(Sempre essa tua faceta)
Sinto o medo de falhar
(São coisas novas, é natural)
Talvez por ser um novo ano
(Talvez)
Talvez um novo amor
(Talvez)
Talvez…
(Mas que não seja como das outras vezes!)
Pois, é isso…
(As reticências… os erros…)
Pois, é isso.
(Tem calma! Não te precipites.)
Talvez…
(Seja tarde?)
Talvez.
(Já te precipitaste?)
Pois…
(Compreendo o teu medo.)
Vou tentar ter calma, desfrutar
(E não amuar! Imperdoável é aquele que comete várias vezes o mesmo erro.)
Eu sei…
(Pois)
Espero que seja um bom ano.

(João freire)