07/05/2007

Nada.

Há qualquer coisa aqui ao meu lado. E juro que não está cá nada.
Quase que começo a ter medo...
Já olhei e voltei a olhar.
Nada.
Às vezes parece que sinto.
E sinto.
Há qualquer coisa a respirar para cima de mim. E não é ninguém.
Uma sombra que não é sombra, senão via-a.
E Não...A janela está fechada e nem sequer há vento lá fora.
Estou sozinha em casa.
Pára de me tocar! ( penso, não digo nada)
Desta vez já não olho. Já repeti isto vezes sem conta.
Não é nada. É só um sonho. (penso, não digo nada)
Ou então, não é um sonho nem é nada.
Fecho os olhos com mais força.
E afinal era.
Era nada, porque entretanto acordei e não era nada.

Lúcia Freire

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