Primitive Reason - Hipócrita
17/05/2011
A sinceridade é sobrevalorizada
A sinceridade é sobrevalorizada. Com a sinceridade tudo se perde. O encanto, as possibilidades... a magia do desconhecido! Tem de haver um espaço para o segredo e a mentira, para o que é nosso. Sem justificações, sem razões, só porque sim ou não. Ninguém tem de saber o porquê de não querermos algo. Conformem-se com a honestidade de quem o admite. O fracasso da partilha reside na sua impossibilidade. Nada se ganha com a sinceridade.
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24 comentários:
É relativo... eu, por exemplo, por muito que me custe e possa doer consigo aguentar a sinceridade, mas há uma coisa que não desculpo nunca... a mentira!
Adorei a forma. Do conteúdo, discordo totalmente... pode-se perder muito com a sinceridade, eu própria já perdi muito... mas se não tivesse sido, perdia coisa pior, o respeito por mim mesma...
Sinceridade, só em casos de emergência.
és tu, afinal, o director de campanha do PS! Confessa, foste apanhado!
Yep, às vezes acontece-me não o ser.
"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa,e muita sinceridade é absolutamente fatal" Oscar Wilde
pronúncia, não é a mentira, mentira! é a mentira, 'mentira'! Faço-me entender? Tipo... a mentira por omissão.
Eva, é dessa perda que acarreta a sinceridade que falo... porque não digo que a sinceridade seja má... muito má, pelo menos, mas sim que é sobrevalorizada, quando também tem coisas negativas... muitas!
anouc, tu até és mais sincera do que a maioria, acho eu... o segredo é não abusar... pelo menos para mim. O que ée que eu sei? Nada, ok, mas tenho direito a opinião.
Moyle, esses, mais do que achar que a sinceridade é sobrevalorizada, abominam-na!
Ipsis Verbis, desde que seja por um bem maior.... eu perdoo.
MAR... escusavas de vir para aqui com um comentário melhor e mais explícito da minha própria opinião do que que o post :) mas concordo em absoluto.
não é melhor, apenas corrobora a tua(e a minha)opinião.
:)
Hmmm. Acho que o meu problema é mesmo com os conceitos: uma coisa é ser-se sincero e honesto, outra coisa é ser-se o eli loker do lie to me (que diz tudo o que lhe vem à cabeça). Não aceito a mentira, mas aceito, respeito e necessito da reserva que por vezes temos de ter. Não temos de ser um livro aberto. Felizmente.
Mar... mas escusavas de corroborar em tão grande estilo!
Vita C, eu ainda era para fazer uma distinção entre sinceridade e honestidade, admitindo a importância de dizer "sim" ou "não"(honestidade), mas evitando a tendência de dizer o "porquê"... ou o "que estás a pensar?" (sinceridade)... mas isso ainda iria confundir mais, talvez. Só acho que crescemos muito quando aceitamos os "sim" e "não" sem questionar o "porquê".
Concordo e não concordo.
Vivemos numa sociedade rodeada de falsos valores ou quase inexistentes, amizades por interesse, etc. e claro está, falta de sinceridade, principalmente nos que se dizem amigos. Se falares de algo teu, algo pessoal, não interessa o que seja e se te derem uma resposta, ou te dizerem algo só para parecer bem, ou porque é bonito (a chamada palmadinha nas costas) fica sempre bem, não incomóda, mantém-te em linha reta, sem questionares mais nada. Mas se forem sinceros contigo e te disserem algo menos bonito (não estou a falar em falta de chá)ou contrariarem um pouco a tua linha de pensamento, pode no início ser incómodo, até parecer mal, mas vai-te fazer questinonar outras coisas, outras maneiras de ver as coisas e, isso faz-nos crescer como pessoa, como amigo e como ser humano.
Concordo com o que dizes de que por vezes chega só se ser honesto, sem questionar-mos, ou guardar o porquê para nós, não dizer tudo, ter o nosso espaço, a nossa reserva, a "magia" do desconhecido!
Mas por vezes quando o fazemos não é porque não queremos ou não gostamos de ser sinceros, simplesmente ainda não perdemos tempo suficiente para aprofundar o porquê do "sim" ou do "não"... ou então até já sabemos o porquê, não o queremos dizer porque essa resposta pode-nos fazer perder algo que não estamos preparados para perder...
anónimo (preferia um nome a sério), percebo o desacordo, mas claro que eu me posso safar dizendo que "depende" e "mas o que eu queria dizer era..." :) e o que eu queria... vincar! era ou é a desilusão que por vezes acontece perante algo que no princípio, quando conhecemos/desconhecemos algo/alguém, nos ilude. É aquelas coisas engraçadas que se tornam irritantes com o tempo, é o conhecimento escatológico que nos repugnará mais tarde ou mais cedo... é o conhecimento exagerado que não dá espaço para mais nada e nos sufoca... é, enfim, isso! Mas depende, claro que depende, claro que a sinceridade e o conhecimento podem ser e são positivos, mas tudo o que é exagerado faz mal e enjoa e "era isso que eu queria dizer"!
Obrigado pela visita.
Nome a sério... seria sinceridade a mais!!!
Mas antes que divagues muito na "magia" do desconhecido e te cause alguns dissabores, sou a Paula. Desiludido!?
Sorry, não resisti... em expôr o meu ponto de vista, mas caso não... percebes, agradeço a tua honestidade ou sinceridade se assim o entenderes.
Continuo a concordar e a discordar de algumas coisas que dizes, mas para colocar todos os meus pontos de vista em relação ao assunto, tinhamos "pano para mangas" além do que eu escrevo sempre muito, é o que dá pensar muito!!!
Tens razão em várias coisas que dizes; de quando se conhece algo/alguém melhor nos pode causar alguma desilusão, mas aí é que está!!!... Se as pessoas fossem sempre, ou mais vezes sinceras em relação a elas próprias e para com os outros, nunca criavam uma imagem delas diferente (a chamada máscara) que mais tarde quando cai, ou quando afinal são sinceras (elas próprias, portanto) causam tanta desilusão!
Não quero dizer com isto que não se use a dita máscara, mas devia-se usar quando mesmo necessário.
Tudo o que é em exagero "faz mal" e "enjoa"..., e claro que sim temos sempre que guardar um espaço para nós, uma reserva, algo que seja só nosso, o nosso eu sem ser julgado por outros, sem ser posto em causa, é porque é, não é porque não é, e pronto!
Mas existe muitas outras coisas/pessoas que possam por alguma razão ficar de algum modo envolvidas/desapontadas connosco por assim "agirmos" ou "reagirmos" e o contrário também, mas aí entra o respeito e a aceitação, para consegirmos viver em sociedade.
Claro que ganhas!Nem que seja um par de estalos. :)
Paula, a nossa sinceridade pode não influenciar em nada aquilo que os outros vêem ou pensam. As pessoas, muitas, vezes, vêem o que querem ver... sem haver máscaras ou falcatruas e desiludem-se por causa delas próprias.
Di Almeida, ora... bem visto! E eu, estalos, só na brincadeira... embora, pensando bem, já tenha havido uma ou duas situações em que me apeteceu dar... e certamente que também já terei merecido.
Esse era outro dos pontos de vista de que falei, porque "aquilo" que nos desilude mais tarde sempre lá esteve, mas nós não demos real importância e, provavélmente é o que nos incomóda mais...
Eu acho que há imensos pontos positivos na sinceridade. Como é óbvio há limites e temos de possuir um pequeno filtro que nos permita continuar a viver em sociedade sem levar uma facada no bucho. Tirando isso, gosto muito de pessoas sinceras!Tendencialmente acabam sempre por ser boas amigas e muito melhores pessoas do que quem pouco fala :)
Podem parecer parvas, às vezes incorrectas, mas pelo menos sabes que elas serão sempre um livro mais aberto que as restantes.
Quanto a brincadeiras,gosto muito...
Podes ganhar um olho roxo, por exemplo.
Anónimo (Paula), é também por isso que uma vez disse esta frase da "sinceridade é sobrevalorizada", porque quando começamos a entrar muito nela, ela torna-se complicada e muito parafraseada e analítica e depois já não nos lembramos de como começou e já não se percebe nada :) e depois uma pessoa pensa que a outra está a falar de algo e não está e depois... a confusão é muita e só gera confusões. É um paradoxo, mas é verdade: a sinceridade gera confusões.
Di, claro que há, mas como são muito mais identificáveis e populares (e como já não escrevia nada há muito tempo), fui buscar isto a uma coisa que terei dito e que alguém comentou (e me deixou a pensar que era o maior, por uma merdice de reconhecimento)... e que ficou... e que agora publiquei... mas, agora, só para chatear, vou continuar....
Quanto à brincadeira, depende muito de que brincadeira é em concreto, porque há pessoas que não se ajeitam para determinados desportos, com exigências físicas diferentes, e depende muito de como acaba.
Catsone, agora que me lembro, tu e a Di deram-me uma ideia para aprofundar mais esta conversa da treta :) e vou buscar uma cena de um filme.
Muitas vezes, infelizmente temos de contornar ou suavizar a sinceridade para não colhermos dissabores.
Atrevo-me a dizer que a hipocrisia é um mal necessário em determinadas situações, senão estamos tramados.
Tramados, nunca, MZ! Mas não é só no que se perde e no que nos trama, mas também (era esse o ponto que queria vincar) naquilo que não se ganha... porque se não formos sinceros, arriscamo-nos a ganhar algo com isso... nem que seja o adiamento da perda(?)
"A sinceridade em si é uma coisa que não passa pelas palavras mais óbvias. Pode dizer-se a verdade a mentir. Ser sincero é tentar dizer as coisas na sua globalidade e ao fazer isso estamos a mudar qualquer coisa"
José Luis Peixoto
Uma verdade que é dita a mentir não é uma verdade, é uma mentira... aliás, duas! É uma que se diz para esconder uma que se sente. Mas não é dessas que eu falo... as verdades (a sinceridade) de que falo são mesmo verdades... e são sinceras... e Às vezes devem-se dizer... e outras não... a sinceridade, por si só, pode não ser necessariamente positiva.
Sim,desde principio que percebi o que "achas" do ser sincero, mas continuo a não concordar, porque pode ou não ser positiva para ti... e os outros?
Eu prefiro ser sempre ou quase sempre sincera, mesmo que isso signifique perder algo, ou ser tramada por... porque inicialmente poderia não ser sincera (para começar corria logo tudo mal, porque se notava logo) mais tarde quando se revelava a minha sinceridade perdia o algo na mesma ou seria tramada na mesma e, ainda passava por "mentirosa"!!!
Não tem nada mesmo a ver comigo.
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