09/03/2011
Uma perspectiva diferente
Aquilo somos nós. Ali se encontram todas as pessoas que conhecemos, todos os locais que visitámos e tudo o que aprendemos ao longo do caminho. As memórias de infância, os sorrisos e as lágrimas, os beijos e os pontapés no cú, tudo o que nós somos e sonhamos ser, as nossas crenças e o conhecimento que adquirimos, as virtudes e os defeitos. Ali está a vida, a sua biologia, química e física, a essência e a consciência - algumas vezes inflamada outras vezes oprimida - do que somos, mas sempre essa presença da nossa própria importância que nos enche e nos distancia de tudo e todos os que nos rodeiam, uma força criadora e altamente destruidora, o potencial e a frustração, a arte e a guerra. Dali não saímos. Aquilo também é a nossa alma, o nosso Deus e o céu. Aquele é o nosso tempo. Ali nascemos, ali vivemos e ali inevitavelmente morremos.
(João Freire)
Cinematic Orchestra - To Build a Home
P.S. - Inspirado numa outra perspectiva de Carl Sagan.
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24 comentários:
Bela homenagem ao que somos na realidade. É pena alguns darem mais uso do que outros a essa ferramenta.
Ali onde?
E porque é que metes sempre no final dos textos "(João Freire)"?!?
É que já lá está por baixo "Postado por Johnny".
Tipo... O_o
Se usasses mais o "Ali", não fazias disparates destes, ó Jóni.
HIHI
Catsone, alguns nem lhe dão valor, dando mais valor ao coração e a coisas fora do cérebro, que na realidade não existem sem ser no seu interior :)
anouc, podia mandar-te para um sítio que eu conheço, mas como provavelmente irias perguntar onde é que ficava esse sítio e eu não me apetece ter de lá ir mostrar, vou apenas depreender que gostaste tantas vezes do post quantas as vezes que comentaste :) e, sendo assim, obrigado.
Johnny, e tudo se resume a um cérebro, não é?!
Imagem tão redutora essa...
Sim, Pronúncia. Acho mesmo que tudo se resume ao cérebro. E sim, é redutora, mas, se vires bem, há muita gente inchada que pensam que é melhor do que os outros e que beneficiaria desse acordar para a realidade e para a vida... dali não passamos... essa é que é essa.
Johnny, não deixa de ser verdade, mas eu prefiro pensar em nós (enquanto máquina) como um todo. Para que serviria um cérebro, sem um coração que o irrigasse do sangue que ele precisa para trabalhar?
De que serviria um cérebro sem membros que executassem as suas ordens?
De que serviria um cérebro sem ouvidos e olhos que lhe alimentassem o conhecimento?
De que serviria um cérebro sem cordas vocais e boca que conseguissem exprimir o que ele sabe e o que ele sente?!
De pouco serviria... prefiro pensar em mim o indivíduo como um todo...
Ganda músculo!
basicamente somos bife. é bom, assim não nos custa tanto sermos carne para canhão :)
É verdade. Tudo num espaço tão reduzido...
Pronúncia, estás muito lá!!! O teu comentário é precisamente o que eu ia responder, mas com muito mais estilo... Subscrevo! =)
Embora, Johnny, tenha gostado imenso da forma como escreveste e explicaste o nosso complexo funcionamento!
Maria Pronúncia, se pensares ao contrário já verias o porquê da minha escolha. Claro que todos são importantes, não dispensava o resto do meu corpo nem era isso que eu pretendia. Mas as grandes questões resumem-se ao cérebro, é ali que a consciência de nós, a única coisa que nos torna especiais, porque tudo o resto podemos substituir e continuarmos a ser nós, mas sem cérebro o corpo (e a consciência do "eu") morre... para o resto há máquinas :)
Ipsis, precisely!
Moyle, ou, em inglês, Cannon Fodder, mas é aquele músculo (como a ipsis disse) que nos torna num bocadinho mais do que isso... pelo menos enquanto funciona... bem!
pinguim, é verdade, por vezes sub-aproveitado, por vezes sobre-aproveitado mas sempre ali!
Briseis, a Pronúncia não está lá não senhora.... e a bola é minha eu é que mando... senão vou-me embora e acaba-se o jogo. É favor rever a explicação que dei à Maria Sotaques... já que são tão amigas -.-'
:)
Quem me dera poder usá-lo mais mas hoje a preguiça vence. As máquinas andam a atrofiá-lo e nós somos obrigados a usá-las para cumprir objectivos. Beijinhos
Mary, mesmo preguiçoso, está sempre a fazer alguma coisa... daí o seu valor.
Ui, que ele ficou já todo abespinhado... VIVA A DEMOCARCIA e a LIBERDADE DE OPINIÃO!lol Eu tenho um sinal grande no dedo médio do pé esquerdo e, tá certo que ele não pensa nem "origina" nada mas, se encontrassem um pedacinho da minha mioleira no meio da estrada, ninguém a associava a mim. Mas se aparecesse a porra do meu dedinho, a minha mãe saberia que sou eu!!! É o que tenho a dizer...
Briseis, muito obrigada! :)
Johnny, tu não amues rapaz e muito menos faças birras.
Se reclamares muito, eu até te deixo ficar com a bicicleta... mas eu fico com os pedais! (e quero ver como é que pedalas) :D
Briseis, em primeiro lugar, "abespinhado" é uma palavra muito feia, depois... tens a certeza que é um sinal e não uma carraça ou uma pulga?
E Pronúncia, mesmo sem pedais, poderia andar de bicicleta nas descidas. Agora, tu com os pedais o que é que podias fazer? Uns brincos, se calhar!
Chiça... além de parola grosseira, por usar a palavra "abespinhado" (que, pessoalmente, gosto. Soa engraçado), ainda levo uma de piolhosa... Já não digo mais nada... Pronúncia, vamos embora que somos aqui muito mal tratadas... =)
Johnny, as descidas podem ser a morte do artista... ;D
Briseis, o Johnizinho é assim mesmo... é a maneira dele conseguir dizer que gosta muito de nós ;D
Briseis, Pronúncia, gosto de vocês :)
(não muito, com a Pronúncia diz, porque nem as conheço e se calhar nem merecem o meu apreço, mas... gosto)
Se tivesse de escolher tudo o que já li aqui, este texto seria um dos meus preferidos.
Uma síntese, prática e sensível a que se resume o cérebro como parte principal do que é ser humano/pensamento.
Mz, deves dizer isso a todos :)
Agora a sério, fico contente e orgulhoso de teres gostado tanto de algo feito ou escrito por mim.
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