“Para os vales poderosamente cavados, desciam bandos de arvoredos, tão copados e redondos, de um verde tão moço, que eram como um musgo macio onde apetecia cair e rolar.” (Eça de Queirós) - imagem
“…tão grande sandice é […] desprezar o estado das virtudes, e escolher o estado dos pecados, como seria se algum quisesse passar algum rio perigoso e tormentoso e achasse duas barcas: uma forte e segura e mui bem aparelhada, e em que raramente algum se perde, […] e outra velha, fraca, podre, rota em que todos se perdem, e alguns poucos se salvam”. (D.Duarte) - alegoria
"(...) e a Mãe Vilaça, abriu-lhe uns grandes braços amigos cheia de exclamações". (Eça de Queirós) - hipálage
“E crescer e saber e ser e haver/ E perder e sofrer e ter terror.” (Vinicius de Morais) - polissíndeto
"O Dantas fez uma Sóror Mariana que tanto podia ser como a Sóror Inês, ou a Inês de Castro, ou a Leonor Teles, ou o Mestre de Avis, ou a Dona Constança, ou a Nau Catrineta, ou a Maria Rapaz!" (Almada Negreiros) - enumeração
"Eu descoro, eu praguejo, eu ardo, eu gemo; /Eu choro, eu desespero (...)" (Bocage) - gradação
"À barca, à barca, oulá! que temos gentil maré!" (Gil Vicente) - elipse
“Tenho estado doente. Primeiramente, estômago – e depois, um incómodo, um abcesso naquele sítio em que se levam os pontapés…” (Eça de Queirós) - perífrase
todas as fotos foram retiradas daqui.
2 comentários:
para algumas, já necessitaria de explicação, mas não peço - e sempre posso procurar - porque parece mal.
se não fosse eu a fazer isto, também precisaria de ajuda. algumas fotos têm a figura que lhes foi atribuída implícita no que o texto diz, outras já não, e é apenas e só, a imagem que diz o que está exemplificado na legenda...
amanhã publico a última parte. foi um exercício engraçado. :)
Enviar um comentário