Há quem diga que já deu o que tinha a dar, que este ano, o de 2008, foi o ano da sucessão. Mas vejamos bem o que se passou: No princípio do ano, Roger Federer, vítima de uma doença infecciosa desgastante, conseguiu chegar às meias-finais do Open da Austrália, perdendo com o que seria o vencedor do torneio (Novak Djokovic). Depois, ao longo do ano, entre derrotas e vitórias, como a do Estoril Open, que apareceram durante o período de restabelecimento da doença, Federer chegou à final de Roland Garros, que perdeu frente a Rafael Nadal, de Wimbledon, que perdeu também para Nadal, ganhou uma medalha de ouro em pares (com Stanislas Wawrinka) nos Jogos Olímpicos e, hoje, venceu de forma categórica o Open dos Estados Unidos frente a Andy Murray. No balanço, uma vitória num torneio do Grand Slam, uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, duas finais em torneios de grand Slam, mais uma meia-final num torneio do Grand Slam, entre vitórias em torneios de menor envergadura ao longo do ano. Nada mau para quem está em declínio. Roger Federer é o maior e será o maior durante muito tempo. Em portugal reconhecemos isto, não só pela capacidade que temos de apreciar o desporto mundial, mas porque também não gostamos muito dos espanhóis (complexo anti-colonialista). Rafael Nadal é uma força da natureza e um excepcional tenista, mas não chega perto da genialidade do ténis completo de Federer. Djokovic é um bom jogador e também é engraçado, fazendo as suas imitações e patetices, mas está longe de conseguir competir com Federer. Federer até pode ser ultrapassado… eventualmente, mas ficará para sempre como o melhor. Entretanto, ainda há muito Federer para ver, muitos troféus para ganhar e muitos recordes para bater, principalmente o dos 14 Grand Slams de Pete Sampras e a vitória em Roland Garros que teima em fugir-lhe. Com a vitória de ouro nos jogos olímpicos, Federer ganhou uma confiança renovada, um prazer pelo desporto que já não sentia há muito e que só agora, com o advento do furacão Nadal e a perda do número 1, parece reconquistar. No futuro que já começou com esta vitória, resta-nos apreciar a dança, o bailado com que se move no court, a eficácia da esquerda a duas mãos, a força da direita, a inteligência da sua táctica e a classe com que mistura tudo num jogo de ténis.
Algumas jogadas fantásticas de Federer:
Allez Roger.
Ingenuidade
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Não são só as crianças que são ingénuas.
Há um dia que perdemos essa qualidade (ou defeito).
Ninguém nos ensina a viver mas, a vida ensina-nos que, as ...
7 comentários:
Resumindo a força de acreditar e a coragem de conseguir=)*
Nunca me substimes sff...
*
E, acima de tudo, muito talento!
Talento sem dúvida, mas na minha maneira de ver o talento não é tudo, força de vontade!
Claro que sim.
Acho bem!
POrque posso ser "nova", mas tenho capacidades muito boas!!!!
"resta-nos apreciar a dança, o bailado com que se move no court, a eficácia da esquerda a duas mãos, a força da direita, a inteligência da sua táctica e a classe com que mistura tudo num jogo de ténis."
Sem dúvida. E hoje já papava mais ténis, pelas mãos do Roger-a-jacto, claro... ontem foi demasiado rápido. Pobre Andy.
Mas ganhou ao Nadal, já é bom.
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