23/09/2008

Desespero

Há uma realidade mais afastada, do âmbito da cultura geral, e sobre a qual tento manter-me a par e outra mais próxima, que, pela colagem, sou obrigado a conhecer.

Hoje, um senhor finlandês irrompeu por uma escola, matou 9 pessoas e suicidou-se de seguida.

Hoje também, mas em Portugal, um senhor português de uma aldeia próxima suicidou-se. Eu conhecia a irmã do senhor. Não foi a primeira tentativa dele, mas foi a certeira. É o segundo suicídio no espaço de 48 horas na mesma aldeia. O outro foi um Guarda-republicano que avisou o pai do que iria fazer – e fez mesmo – após se fechar sozinho na esquadra.

O desespero aumenta por todo o lado e por todas as razões.

Dizem que a felicidade assenta em três factores:

- O factor relacional: Família, amigos, interesses amorosos – “as pessoas que nos rodeiam”
- O factor espiritual: Relação com a religião, com o espiritual e com a nossa consciência enquanto seres individuais – “aquilo que somos”
- O factor profissional: Sentimento de realização, de utilidade – “o que fazemos”

Para sermos felizes, todos estes factores devem estar equilibrados. É difícil ser feliz.

Hoje só sinto compreensão.

Procurei uma ilustração para colocar, reparei que a representação mais comum para o desespero em fotografias ou desenhos é a das mãos na cabeça e a do grito. Não pus nenhuma.

Cada um com o seu.

Links do Público e do Jornal de Notícias

4 comentários:

Por entre o luar disse...

:S infelizmente é assim, e agora já concordo contigo, é preciso ter coragem para se matar, disso já não tenho duvidas...!

*

Johnny disse...

O que é importante é que concordem comigo.

Por entre o luar disse...

O importante não é concordar contigo, o importante é perceber o que realmente está correcto e admitir que realmente tinha uma visã errada das coisas!

Johnny disse...

Ok... desde que concordes comigo.