05/09/2007

Hipnotismo de animais básicos

Ontem hipnotizei uma rã. Sabia, por vício em documentários e factos inúteis, que era possível fazê-lo. Sei, aliás, que é possível fazê-lo também com galinhas, mas fazê-lo, levar da teoria à prática, foi por alguma razão, emocionante. É verdade. Orgulho-me das coisas mais insignificantes, mas quantos é que poderão dizer que já hipnotizaram uma rã? Pois eu já. De facto, não é difícil. Basta ultrapassar o enojamento inicial e virá-la, segurá-la um pouco para o sistema nervoso ou qualquer outro sistema que entra ou pára de funcionar nessa altura o faça e o ser entra numa espécie de transe acompanhada de uma posição de yoga que apenas qualifico como a ’oração’. Mãos juntas, naquilo que será o seu peito e os calcanhares a tocar-se com as pernas arqueadas (Ares de defunto na câmara ardente). Nada mais do que isto e, no entanto, tanto orgulho. Qualquer dia é uma galinha.


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