"Chegou o fim, adeus, gostei muito, a vida é mesmo assim, até à próxima... Adeus!”
Assim.
Muitos fins anunciados se têm visto por aí.
Ainda que num mundo em crise, nunca houve um tempo em que a fartura e facilidade desempenhassem um papel tão presente e importante na nossa vida. A facilidade com que conhecemos e contactamos pessoas, algumas a milhares de quilómetros de distância, e lhes mostramos o que fazemos e gostamos é apenas comparável à forma como tudo isso pode desaparecer.
Decidir o fim de algo não é fácil. O fim exige muita coragem, mas exige acima de tudo certezas. Aprecio quem tem a coragem de anunciar o fim, mas questiono as suas certezas.
Não gosto de fins. Os fins afastam-nos.
Uma amiga, a Ana, sempre que nos despedíamos e lhe dizia adeus, pedia-me que não lhe dissesse essa palavra, que era “muito definitiva”, dizia ela.
Compreendo-a bem.
Ninguém sabe o que o futuro reserva, talvez até nos reserve o fim, mas não precisamos de estar a anunciá-lo.
Tudo morre da mesma forma: de velhice, de exaustão, de doença, de fome, de acidente... no esquecimento, numa ligeira brisa, deixando os seus restos mortais para quem melhor os aproveitar. Isto é verdade para a vida como é verdade para um blogue.
(João Freire)
Archive - Waste
Archive - Again
*Citação de Mitch Hedberg
Poço das Traves - Ruivães (Vieira do Minho)
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O Poço das Traves, em Ruivães, Vieira do Minho, é uma dádiva da natureza
que a mão humana adaptou ao lazer. A limpidez e a transparência das águas
do Rio C...