09/06/2008

sensível ou extremamente sensível?



estou lixada, e isto para não dizer um sinónimo bem mais forte.

há pessoas que por serem bichos do mato, enormes aves de rapina... ex-predadores diurnos que agora se escondem da luz e vivem numa outra selva, ou ex-pessoas que perderam o tacto e com ele o senso crítico, mas que mantêm a mania de o fazer, deitando abaixo muros sentimentais e intelectuais para continuarem a sua arrogância em tom de sarcasmo e com a qual sobrevivem quando nada mais lhes enche o bucho, não conhecem o significado da expressão "
reforço positivo".

confesso que desde pequena sei o que isso é, apesar de só há relativamente pouco tempo ter conhecimento da expressão. acredito que a maior parte das pessoas com quem me dou, também saiba o que isso é. e tal como eu, o usa para estimulação comportamental, quer própria, quer de outrem.
mas, consigo também perceber que haja pessoas que, mesmo sabendo o que isso significa, não lhe dão uso porque não o sabem fazer. porque talvez, por outro lado, foram ensinadas a construir a sua personalidade com base no adverso.

acredito que o reforço positivo faz parte integrante da minha educação. completa-me, evidentemente, positivamente. mas ou mesmo tempo, acho que me retira a faculdade de perceber que nem sempre existe uma recompensa ou estímulo por detrás de uma crítica, e por mais que tente perceber se é por isso que me sinto apática ou pouco substancial numa discussão, não consigo chegar a uma conclusão satisfatória.

(fdx! quando era mais nova desenhava a lápis de cor nas paredes de casa e o que os meus pais faziam era aplaudir o meu trabalho e mostrá-lo depois, aos familiares e amigos!) - e isto é lindo!

estou lixada sim, e isto porque apesar de o perceber, não aceito, porque não lido bem com qualquer reforço negativo, que não é mais do que uma condenação desprovida de emoção. qualquer coisa que, de tão demasiadamente autoritária e correctiva, me coloca numa situação de tremenda fragilidade e susceptibilidade.


falamos em inglês porque ele é irlandês. e ontem apontou que eu não aceito bem a crítica.
ao que eu lhe disse: "there's criticism and criticism, and then there's also sarcasm". e eu sei que ele não me estava nem a criticar, nem a criticar!
disse-me ainda que não é a barreira da língua que se interpõe no meu caminho para uma boa argumentação/explicação, logo, também deveria ser capaz de distinguir uma crítica de uma gozação. devendo, por isso, aceitar a sua que, como ele explicou, não foi mais que directa, exacta e sincera.


mas ok, se realmente não é a língua que barra o caminho à fluidez de um discurso sincero, correcto e primeiro que tudo, directo e sentido, (e apesar de não perceber português) o resto da minha altercação foi escrita na língua de camões, e ele que se lixe!



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