Para mim o Aimar jogava sempre. Mesmo quando está em baixo de forma, mesmo quando está cansado, mesmo daqui a dois ou três anos quando começarem a pedir-lhe que se reforme. Aimar deve jogar sempre... e os 90 minutos! Eu pago bilhete para ir ao estádio ver jogadores como ele e irrita-me sempre que vou e que o Jorge Jesus o tira. Aimar
pode fazer (e normalmente faz) a diferença pelo seu
talento e pela sua entrega, mas Aimar, mais do que
talento e entrega, é alegria e é essa alegria de miúdo que se nota quando
fala do prazer de jogar na selecção, das jogadas com Saviola, de Maradona e até das chuteiras Puma ou quando
faz uma cueca ao Pirlo e sorri, a alegria que o torna num exemplo para toda a gente e para mim no melhor estrangeiro de sempre no meu Benfica, o Benfica de Preud´Homme, Gamarra, Poborsky, Van Hooijdonk, Canniggia, Karagounis, Miccoli e Saviola em que os craques anunciados se revelaram de facto craques. Não é preciso perceber muito de futebol para ver que Aimar, mais do que muitos, gosta daquilo que faz (até se ri quando cai*) e não é preciso perceber muito de futebol para gostar de Aimar.
*Não sei se o Aimar estará mesmo a sorrir nesta segunda foto, mas a imagem adequa-se na perfeição.